Há alguns dias, o Vila Mulher publicou uma pesquisa realizada pela conselheira amorosa e criadora do site Eclipse Love Eliete Matielo sobre os tipos de relacionamentos amorosos. Até incluímos um teste para descobrir qual deles tinha mais a ver com você e seu amor, lembra?
Então, um dos tipos citados na matéria foi o dos ficantes, que saem juntos sem compromisso e tem um envolvimento sexual satisfatório, mas sem nenhuma fidelidade.
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A radialista Helena, de 33 anos, viveu assim por quase três anos com um rapaz de 28. Os dois se conheceram nas baladas paulistanas. "A vantagem principal é a falta de compromisso e de cobranças. Você não tem a 'obrigação' de prestar contas, só sai quando tem vontade e não tem discussões de relacionamentos", diz. "Quando você sai com ele só aproveita as coisas boas e ainda tem a liberdade de conhecer outros caras", completa.
Por outro lado, a radialista aponta como uma das desvantagens o fato de os dois não estarem sempre a fim de estarem juntos. "Além disso, o cara não costuma marcar presença em outras atividades simples. Você ainda não pode se envolver, por conta da falta de segurança, e tem consciência de que ele pode sair com outras mulheres, já que você não é prioridade", lamenta. "Um caso de três anos com um ficante pode representar seis encontros ou mais, já com um namorado a convivência é maior".
Outra desvantagem deste tipo de relacionamento é não poder tratar ficante como namorado. "Assuntos ligados à família são atribuídas ao namorado. Ficante não vai querer ir com você à casa da tia ou ao aniversário de um primo, muito menos conhecer sua mãe e trocar idéia com seu pai", ressalta.
A professora Ana Maria, de 40 anos, está ficando com o designer Cesar, de 33, há quase dois meses. Os dois saem todos os fins de semana e se conheceram num barzinho. "Para nós, a vantagem dessa relação está no grau de liberdade, mas eu queria namorar... Aceito a situação porque penso que ela pode evoluir e o Cesar diz que isso pode acontecer", conta.
Entre as desvantagens Ana Maria cita as incertezas, a insegurança e o fato de seu ficante poder sair com outras mulheres. Mas pondera: "O casal deve combinar suas próprias regras às claras, pois apesar de não ser um namoro, é um tipo de relacionamento. Hoje em dia essa situação é muito comum. As pessoas querem ir tentando para ver se dá certo antes para assumirem ou não algo mais sério".
A coaching amorosa Eliete Matielo diz que a relação entre ficantes fica bastante complicada quando apenas uma das partes se envolve em demasia e espera algo a mais do outro. "Neste caso, a pessoa que se apaixona sofre muito, pois acaba se calando por medo de perder o parceiro e leva em frente uma relação que não é verdadeira", diz.
Eliete conta também que a expectativa de transformar o ficante em namorado pode ser frustrante. Isso porque as partes estão tão acostumadas com a liberdade que a evolução para um relacionamento sério nem sempre dá certo. "Quando as pessoas querem namorar, saem algumas vezes para ver se rola e fazem um joguinho para que o pretendente se interesse mais. No caso do ficante não, a relação é mais fácil e ele não encontra dificuldade para ter o que quer", afirma a coaching.
Por Juliana Falcão (MBPress)
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