Friday, July 07, 2006

Pesquisa realizada por agência de casamento Eclipse Love

Por que homens preferem mulheres baixas e elas homens altos?


Mulheres mais baixas e homens altos são preferidos

Enquete

Mulheres preferem homens mais altos?

Sim
Não


Por que será que a maioria dos casais segue um padrão de altura: homens gostam de mulheres baixas e elas de homens altos? Essa preferência tem a ver com um fator psicológico milenar.
A psicóloga clínica Eliete Amélia de Medeiros - especialista em relacionamento, psicossomática e pesquisadora de campo - realizou uma pesquisa durante sete meses com seus pacientes sobre esse padrão de altura que existe na hora de escolher um parceiro. Segundo ela, mulheres se sentem protegidas com homens mais altos e homens se sentem protetores, fortes e poderosos ao lado de mulheres mais baixas.
Nessa pesquisa, 70% das mulheres declararam que preferem homens mais altos. 60% delas responderam que se sentem mais seguras e protegidas ao lado de um homem mais alto, e 38% disseram que acham mais bonito.
Na pesquisa realizada com os homens, 66% dos entrevistados responderam que buscam uma mulher mais baixa. 58% deles fazem essa opção porque se sentem mais poderosos e 38% acha mais bonito o casal ter esse padrão de altura.
Essa preferência remete a um fator psicológico de milhões de anos atrás. "Desde os primórdios, homens assumem o papel de protetores da mulher e dos filhos e a mulher, dado como o sexo frágil popularmente, era a protegida, culturalmente falando", explica Eliete.
Para a pesquisadora, o homem era o caçador, buscava alimentos e protegia a família. A mulher era a progenitora; cuidava dos filhos e dos serviços domésticos.
Devido a toda evolução social, cultural e afetiva as exigências para se achar o parceiro e parceira ideal aumentaram muito e a questão da altura ainda segue os padrões milenares.
"Nos primórdios os pais escolhiam o marido para a filha ou a mãe para o filho. O casal tinha que se casar e cada um assumir seu papel. Com a evolução, homens e mulheres passaram a ter a liberdade de escolher e as exigências passaram a ser: altura e atração", destaca.
De acordo com a psicóloga, com o surgimento do "ficar" a busca de um parceiro ou parceira para um relacionamento sério tornou-se ainda mais exigente.

Os homens buscam mulheres:
- Mais baixas que eles
- femininas
- meigas
- prendadas
- belas
- que trabalhem
Já as mulheres procuram por homens que sejam:
- Mais altos que elas
- ambiciosos
- com grande poder pessoal
- inteligentes
- atenciosos
- promissores
A psicóloga explica que a exigência da altura continua sendo primeiro requisito na escolha do parceiro ou parceira devido a imagem física que está gravada no psicológico: a de protetor e protegida.
Eliete salienta ainda que muitas vezes as mulheres mais baixas e os homens mais altos não têm os atributos que normalmente são cobrados pelos respectivos parceiros. Ou seja, nem sempre uma mulher baixa será meiga e nem sempre um homem alto será forte e promissor. Por isso, muitos homens e mulheres têm a "mania" de querer mudar o outro, devido a imagem criada psicologicamente, que se trata de algo idealizado.
"O que todos nós temos que ter consciência, é que o protetor não necessariamente tem que ser mais alto ou mais forte fisicamente porque o objetivo não é proteger de ursos ou leões como antigamente e sim uma proteção emocional (cuidar, amar compartilhar, aconchegar) isso está na força interior e na personalidade do homem.e da mulher", declarou Eliete.
Por isso, a psicóloga alerta que não adianta entrar num relacionamento esperando que o outro mude. "Ele só mudará se tiver este potencial e se quiser mudar. Ninguém muda ninguém."

http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI1145215-EI4788,00-Por+que+homens+preferem+mulheres+baixas+e+elas+homens+altos.html

Folha Online - "Cada Panela tem sua Tampa"

http://www1.folha.uol.com.br/folha/treinamento/novoemfolha40/te14022006040.shtml


14/02/2006
Íntegra de entrevista: Eliete Amélia de Medeiros
Psicóloga Clínica

VOCÊ ACHA QUE A EXPRESSÃO "CADA PANELA TEM SUA TAMPA" FAZ ALGUM SENTIDO?

Realmente é uma verdade. É o que todos nós buscamos em um relacionamento. Nós procuramos uma pessoa que se encaixe exatamente. Tem o ideal e o real e nós buscamos sempre o par ideal. Existe a atração física e psíquica e há também as neuroses de relacionamento. Cada um acha a sua tampa e quando começa a perceber que sua tampa tem um amassadinho aqui, outro ali... Os casais começam a se desentender, porque eles querem se modular exatamente àquilo que idealizaram dos seus pares. E muitas pessoas me procuram, ou em casal ou individualmente, para saber como elas devem obedecer, se encaixar, no comportamento que os seus pares desejam. Eu entendo como uma questão inconsciente... Mas, para um relacionamento ser bom, agradável, é preciso aceitar que um relacionamento ideal não existe. Isso não existe. É fantasia. Existe o real que se baseia em muito diálogo, em harmonia, aceitação e flexibilidade para esse encaixe. Quando as pessoas são muito rígidas quanto à aceitação, querem moldar a pessoa de todo jeito, então se cria um relacionamento neurótico. Aqueles que desmancham hoje, brigam e batem a porta, ou então somem, mas depois de uma semana não agüentam e voltam. Dizem que se amam e que não agüentam viver um sem o outro. E justificam dizendo que "olha, você teve esse comportamento de novo". Então as pessoas gostam de algumas partes dessa tampa, digamos assim, mas a parte "amassadinha" ela não aceita. Só quer a perfeição. Elas não vêem que elas também têm uns "amassadinhos".

HÁ QUEM DIGA QUE AS PESSOAS NÃO ACHAM O PAR, E SIM A NEUROSE QUE AS COMPLETA. ISSO É VERDADE? VOCÊ PODE CITAR EXEMPLOS?

Eu tenho vários exemplos de tipos de casais neuróticos. Então, por exemplo, hoje eu atendi uma pessoa, um casal, que estava apaixonado loucamente. Eles tinham uma admiração muito grande. Ele por ela e ela por ele. Eles têm vidas diferentes, níveis sociais diferentes. Era o ideal: homem e mulher ideais, o típico caso de tampa da panela. Cada um foi se ajeitando ao outro e foram morar juntos. Aí a neurose começou! Eu traço o perfil das pessoas aqui na agência e faço uma consulta do que elas querem, para elas escolherem o que é real e o que é ideal. Esse casal, por exemplo, eles se dão muito bem sexualmente, porém no dia-a-dia não. A questão do nível social pesou muito, porque ela ganha mais do que ele, é uma mulher cabeça, trabalha fora, etc. Então ela tem uma vida social bem ativa e ele como está começando a carreira, ele ganha menos, a família dele é extremamente humilde. Então a agressividade dele veio à tona. E ela não aceita a obediência, porque ela acha que tem que ser de igual para igual. Na verdade, eles buscaram um par ideal, mas a realidade deles virou uma neurose.

EXISTIRIAM TIPOS A SEREM CLASSIFICADOS MESMO, COMO O MANDÃO E O DOMINADO, O EXTROVERTIDO E O INTROVERTIDO, O ATIVO E O PASSIVO?

O mandão e o mandado eles se afinam, não é neurose, porque um é ativo e o utro é passivo.

MAS JUSTAMENTE O FATO DE UM DOS DOIS EXERCER UM SÓ PAPEL NÃO CRIA UMA NEUROSE?

Não, porque aí pode existir uma aceitação.

E SE ESSA ACEITAÇÃO NÃO OCORRER, PODE PINTAR UMA NEUROSE, NÃO?

Quando os dois são ativos, por exemplo. Os dois são mandões, são extrovertidos e dominantes, querem mandar. O perfil de mulher que é assim... Eu tenho uma pesquisa feita neste ano sobre isso.

QUE PESQUISA É ESSA?

Quais as profissões e os comportamentos mais rejeitados. Já saiu em vários jornais e várias revistas. Por exemplo, a advogada, quais são as características que a faz ser tão rejeitada. Elas são tachadas de mandonas, sempre têm razão. Então isso acaba atingindo o relacionamento, porque os homens gostam da postura de serem os mandões no relacionamento.

QUAL É A MELHOR "TAMPA" PARA ALGUÉM NERVOSO, SEMPRE PRESTES A EXPLODIR, COMO UMA PANELA DE PRESSÃO?

O que uma dona-de-casa faz para destampar uma panela de pressão? Ela tira o pino e a coloca debaixo da torneira para esfriar um pouco. É o comportamento que um homem ou mulher tem que ter. E não aumentar a a temperatura, mas, sim, diminuí-la. Se um homem ou uma mulher são explosivos, qual o melhor comportamento? Não bater de frente com eles. Tem que acalmar ou calar, pelo menos, durante o momento. Tem que procurar um diálogo racional.

CASAIS QUE FUNCIONAM SÃO AQUELES QUE DE ALGUMA FORMA SE ENCAIXAM?

Não necessariamente. Eles não têm que ser tampas de panelas. É preciso que eles tenham sensibilidade. Isso é o ideal para que eles se encaixem. Eles podem se encaixar hoje, mas daqui a dois anos pode ser que eles não se encaixem mais. Uma pessoa evoluiu mais culturalmente, outra quer se desenvolver mais profissionalmente. É uma questão de sensibilidade dos casais... Se existe amor, existe você e o que você é. Não falo de abusos, nem de traição, não é isso que estou falando. De repente é uma mudança de atitude, por exemplo, ela não toma iniciativa, não quero mais porque ela não chega nunca no horário, são coisas que se não forem abusivas, podem ser conversadas e aceitas.

COM SUA EXPERIÊNCIA CLÍNICA, O QUE PROVOCA A FORMAÇÃO DE UM CASAL DO TIPO IOIÔ, QUE SE JUNTA E SEPARA MUITAS VEZES?

O medo. Um dos dois acha que não se gosta mais, mas, de repente, te larga e depois volta pelo medo de perder. É uma neurose bem forte.

ESSA POSSE É NEURA PURA NUM RELACIONAMENTO?

Sim, muita. A posse provoca muito esse tipo de relação. É um tipo de neurose. Uma outra coisa muito importante que vem acontecendo com os casais é a competição forte. Muita competição... Tanto profissional como a competição de auto-afirmação. No momento em que ela fica ao lado da outra, ela precisa justamente humilhar e desvalorizar o outro, mesmo que haja uma atração forte. É uma neurose bastante grave e na maioria das vezes tem que ser tratada. Ou então realmente esse casal tem que se desvincular, porque não há condições de continuar. Quem tem esses relacionamentos de posse, ciúmes excessivos tem que se tratar.

COMO?

Com terapia mesmo.

E POR QUE AS PESSOAS SE RELACIONAM DESSA FORMA? O QUE ESTÁ POR TRÁS DISSO?

Na verdade essas pessoas vão mais pela aparência do que, fato, pelo conhecimento de alguém. São formas de personalidade e comportamento que as pessoas desenvolveram ao longo da vida.

ESSAS PESSOAS QUE CRIAM RELACIONAMENTOS INSTÁVEIS TERIAM UM PERFIL EMOCIONAL EM COMUM?

Como assim?

SE ESSAS RELAÇÕES NÃO ESTÃO VINCULADAS A UM HISTÓRICO DE VIDA FAMILIAR CONTURBADO, POR EXEMPLO?

Isso está relacionado à grande maioria dos casos. Quando um homem mais velho, por exemplo, só busca meninas mais novas, ele está se auto-afirmando. Na verdade, essa neurose dele ainda se achar jovem é uma neurose total.

E QUEM TEVE PAIS BRIGÕES QUE SE BATIAM, QUE SE XINGAVAM, QUE FICAVAM NESSE VAIVÉM? ISSO INFLUENCIA NA MANEIRA COMO ESSAS PESSOAS SE RELACIONAM?

Influencia sim na formação da criança. Até sete, oito anos a criança não lembra dos acontecimentos em família, mas grava tudo. O que ela assiste em casa, até mesmo na adolescência, o que ela vê de trauma, de chocante em relacionamento, principalmente em casa é que ela carrega para a vida dela.

ELA REPRODUZ ISSO?

Sim.

MAS A FORMAÇÃO DE UM RELACIONAMENTO NEURÓTICO ESTÁ RELACIONADA SÓ À QUESTÃO FAMILIAR OU TAMBÉM PODE ESTAR LIGADO A UMA EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL, EM GRUPO OU PESSOAL DE ALGUÉM? A PESSOA TAMBÉM PODE DESENVOLVER UMA NEUROSE INDEPENDENTEMENTE DO HISTÓRICO FAMILIAR?

Sim, por conta de uma marca, porque ela tem algum complexo, se sente feia, rejeitada, por "n" fatores. O primeiro, básico é o familiar e a experiência que essa pessoa teve em casa. O comportamento num relacionamento depende também das experiências que ela teve ao longo da vida, se já foi traído (a) ou não, se alguém já bateu nela, comportamentos que traumatizaram os relacionamentos afetivos delas. Daí, elas podem desenvolver neuroses. Tipo "não vou ficar com ele, porque se ele fuma, ele atrai". A pessoa relaciona comportamentos do outro que não têm nada a ver aos traumas de relacionamentos passados.

COMO ESSAS PESSOAS PODEM SE TRATAR?

Com psicoterapia mesmo. Elas precisam se tratar, precisam descobrir o que as traumatiza. Às vezes é preciso várias sessões semanais uma, duas ou três, o que a pessoa precisar... Depende da gravidade da coisa. A partir daí, ao falar, a pessoa vai tomando consciência, atualizando os aqruivos que ela têm, trabalhando o seu cognitivo e sua forma de pensar.

SENTIMENTOS DE CULPA E DE CARÊNCIA REGEM ESSAS RELAÇÕES? SÃO RELAÇÕES DE DEPENDÊNCIA?

O sentimento é mais de posse mesmo.

ISSO SERIA UMA TENDÊNCIA DA PÓS MODERNIDADE? RELAÇÕES BASEADAS EM IDEAIS DE CONSUMO, IMEDIATISMO, INDIVIDUALISMO, NARCISISMO? SE SIM, POR QUÊ?

Está muito relacionada ao papel da mulher. Antigamente a mulher não trabalhava fora, tinha uma utilidade forte só dentro de casa para cuidar dos filhos e do marido. Como todo mundo sabe, a coisa mudou.

Eliete Medeiros é psicológa clínica  - especialista em relacionamentos humanos e de casais

Em busca de um final feliz

COMPORTAMENTO_-_AMOR



Em busca de um final feliz
Fernanda Mariano
Domingo - 11/06/2006 - 10h35



Folha da Região

Para que o romantismo perdure, é preciso manter o objetivo comum de uma felicidade conjunta, baseada no respeito e equilíbrio
Araçatuba - "Saber amar é saber deixar alguém te amar". A letra da música "Saber Amar", dos Paralamas do Sucesso pode ser trilha sonora, ou um mantra, para os casais que buscam manter uma convivência harmoniosa ou para aqueles que buscam estar ao lado de alguém especial. Na véspera do Dia dos Namorados, o romantismo se pulveriza pela atmosfera. Para que ele perdure, é preciso manter o objetivo comum de uma felicidade conjunta, baseada no respeito e equilíbrio.

A orientação é da psicóloga, terapeuta de casais e especialista em relacionamento humano Eliete Medeiros, de São Paulo, que realizou uma pesquisa comportamental entre seus pacientes e elaborou um estudo sobre os diferentes tipos de namoro (leia abaixo).

"O relacionamento ideal é aquele em que o casal não mede esforços para ser feliz junto. Para isso, é necessário agir ou recuar na hora certa para não gerar atrito sem necessidade, apenas por capricho de uma das partes", completa Eliete, que além da pesquisa elaborou um teste (leia abaixo) para identificar o tipo de relacionamento de cada casal.

A psicóloga chegou a cinco básicos: o possessivo; o neurótico; o competitivo; o liberal e o romântico. São cinco tipos matrizes em torno dos quais outros gêneros se aglutinam.

"Assim, um casal pode ser do tipo 'noivo neurótico, noiva nervosa' e ter seus momentos de romantismo. Pode viver bem assim, como pode se separar", diz a pesquisadora. "A chave está na flexibilidade, a magia de criar situações novas a cada dia e sair da rotina", completa.

A pesquisa foi realizada com 84 casais, 72 homens e 72 mulheres. Desses casais, a maioria se classificou como tendo característica possessiva ou competitiva, com 30% cada. Casais neuróticos somaram 26%, enquanto os românticos integram 10% e os liberais 4%.

Entre os homens, 35% demonstraram ter perfil possessivo, 30% competitivo, 20% neurótico, 10% romântico e 5% liberal. As mulheres demonstram índices diferentes, 35% delas são classificadas de acordo com a pesquisa com o tipo competitivo, 30% neurótico, 15% possessivo, 13% romântico e 7% liberal.

PERFIS - Para Eliete, enquanto o homem busca uma mulher vaidosa, meiga, sensual, carinhosa, criativa, de bom humor, prestativa e bela; a mulher quer encontrar um homem cavalheiro, protetor, atencioso, ativo, ambicioso, saudável e que tenha um projeto de futuro.

Para se fazer um diagnóstico do perfil de um casal é preciso verificar o seu comportamento conjunto mais evidente e constante. A especialista dá um exemplo. "Um casal é competitivo quando ambos disputam o tempo todo; quem tem razão; quem sabe mais de algum assunto; quem é o mais admirado pelos amigos, etc", destaca. "Porém, este casal pode também ser muito romântico. Ligar no meio do dia para dizer que está pensando nele; mandar flores; torpedos sentimentais, entre outros."

"Esses são tipos aglutinados em que, no relacionamento, um tipo se destaca, mas comportamentos de outros tipos se manifestam com freqüência", explica.

"É necessária a consciência de ambos em plantar uma semente e cuidar dela. Essa semente é o relacionamento", compara. "Em volta dessa semente é preciso plantar outras diferentes para que, juntas, desenvolvam o equilíbrio", frisa.

Segundo a teoria da psicóloga, as sementes são de respeito, cumplicidade, confiança, fidelidade, alegria, atração sexual, admiração, diálogo e "uma das mais importantes", a flexibilidade. A magia do criar situações novas a cada dia e sair da rotina é indicada por Eliete como uma das formas de promover um relacionamento saudável. "Regar esse relacionamento todo dia com muito amor, desenvolverá uma árvore frutífera".

DESAFIOS - Para que o compromisso dê certo, a profissional acredita que o grande desafio é refletir se a pessoa está disposta a construir um relacionamento verdadeiro com alguém. Para isso, é preciso desenvolver um objetivo.

Ela diz que o casal deve estar atento a algumas situações e condutas. Entre elas, a de entender que os seres humanos têm virtudes e defeitos, que o outro passou por vivências e, com isso, criou arquivos mentais positivos e negativos. A proposta é aceitar o outro.

Ela dá sete dicas para o relacionamento ser duradouro - "afinal, só amor não basta: cuidar da aparência e da saúde sempre (hoje em dia, homens e mulheres são exigentes); envolver-se (ao amar, deve-se esquecer o cargo profissional que se ocupa); respeitar o outro, aceitando a individualidade e a liberdade de ser e agir; não se deve ser grudento(a); ser flexível (resolver as diferenças com diálogo e não com imposições); surpreender e conquistar a cada dia (ser criativo(a), não se deve deixar o namoro cair na rotina), e reforçar os pontos positivos encontrados no companheiro, evitando apontar defeitos". Mesmo adotando todas as condutas necessárias para ter um bom relacionamento, existem características básicas que demonstram que um casal não tem futuro junto. Entre os exemplos de situações que mostram "incompatibilidade", estão: brigas constantes, falta de interesse e admiração pelo outro, mau humor, competitividade em excesso, posse, infidelidade e desrespeito.


Será que é namoro, amizade ou casamento?

Fernanda Mariano

Outra especialista em casais, Cláudya Toledo, realizou uma pesquisa entre seus pacientes e elaborou um estudo comportamental sobre os três estágios do relacionamento, a amizade, o namoro e o casamento.

Aprenda a identificar o seu estágio e obtenha dicas de como dar o próximo passo.

Segundo a especialista, é fácil identificar o estágio do relacionamento, basta identificar alguns sinais comportamentais.

É "só amizade": quando se falam constantemente de antigos amores. Não há atração sexual (de nenhum grau, do moderado ao avassalador). Saem juntos e nunca rola aquele "clima" (de suar mão, gaguejar, ter palpitação).

"Vai dar Namoro", quando ambos querem ficar juntos a maior parte do tempo. Dão satisfação do que vão fazer. Se falam o tempo todo. Descartam antigas paixões. Apresentam o outro aos amigos e à família.

E estão "quase no altar" os casais que fazem visitas freqüentes à casa da família um do outro. Fazem planos para o futuro.

Estão sempre juntos. Um confia no outro profunda e verdadeiramente.

Para aqueles que querem sair de um estágio e ir para o seguinte a especialista faz recomendações. "Atualmente, as relações estão rápidas como o mundo virtual, fique atenta ao 'time' da relação.

Namoros muito antigos podem acabar de uma hora para outra.

O combustível que dispara o foguete do amor precisa ser aproveitado para passar para a próxima fase".

Entre as dicas para "dar o passo adiante", a pesquisadora indica que a pessoa deve deixar claro seu interesse, de forma amorosa e encantadora.

"Não se arrisque no ficar", alerta, "procure quem se apaixona, pessoas que nunca amaram dificilmente têm esta condição interna e disponibilidade para o amor, e pessoas que confessam que se sentem sozinhas têm grande disponibilidade para se comprometer, gostam da sinergia de ser casal", sugere Cláudya Toledo.


FAÇA O TESTE E DESCUBRA SEU TIPO DE RELACIONAMENTO

A partir do diagnóstico e pesquisa sobre os diferentes tipos de relacionamentos amorosos, a psicóloga, terapeuta de casais e especialista em comportamento humano Eliete Medeiros desenvolveu um teste que ajuda o casal a descobrir o seu perfil:

1 - Seu par se lembra de datas como o dia em que começaram a namorar?
a - Quando lembra, enfatiza sempre a quanto tempo eu pertenço a ele.
b - Até lembra, mas vai logo dizendo que eu não sou mais aquela pessoal amável que ele conheceu.
c - Quando lembra, logo emenda que foi ele (ela) quem tomou a iniciativa.
d - Isso não é importante na nossa relação. O importante é nos darmos bem.
e - Jamais se esquece, pois foi um dia mágico para ambos.

2 - Vocês costumam sair com outros casais? Quando isso acontece...
a - Não saímos com outros casais, só a gente mesmo.
b - Acabamos discutindo, trocando farpas na frente dos outros, mas depois ficamos bem.
c - Numa certa altura, um fala mais alto que o outro e quem impor seus pontos de vista, tipo para mostrar quem é que manda no relacionamento.
d - Saímos com outros casais como saímos individualmente, e é sempre tudo muito agradável.
e - Sair com outros casais é até uma forma de mostrar a solidez do nosso romance.

3 - Durante uma discussão, ele (ela):
a - Ele (a) sempre acha que tem razão.
b - Acaba ressaltando o que julga ser meus aspectos negativos.
c - Dá um jeito de mostrar que seus argumentos são melhores que os meus.
d - Nós procuramos não discutir.
e - Discussão? Não há nada que um buquê de flores não possa resolver.

4 - Se alguém te perguntasse, hoje, como vai seu namoro, você responderia:
a - Ele(a) não vive sem mim.
b - Ele(a) não mudou nada, continua dando preferência a outras coisas e não a mim.
c - Se não sou eu para segurar esse relacionamento, a coisa não vai para frente.
d - Está tudo ótimo. Cada um tem seu espaço e se respeita muito.
e - Uma maravilha. Acho que seremos namorados a vida toda.

5 - E o relacionamento sexual? Vocês se dão bem na cama?
a - O sexo, entre nós, é uma entrega: sentimos que um pertence ao outro.
b - Às vezes, faço greve de sexo para ele(a) prestar mais atenção em mim.
c - Um show de malabarismo. Um quer mostrar para o outro o quanto é bom na cama.
d - Nossos momentos íntimos são sempre muito bons. Não levamos problemas para a cama.
e - Cada vez que transamos, é como se fosse a primeira vez. Sentimos que fomos feitos um para o outro.

6 - Você perdoaria uma escapadinha do seu amor?
a - Nunca. Seria como se uma parte de mim fosse arrancada.
b - Não, mas duvido que isso aconteceria porque estou sempre de olho.
c - Perdoaria, mas lhe daria o troco na mesma moeda.
d - Não tem essa de culpar. Somos bastante liberais quanto a isso.
e - De jeito algum. Seria o fim do nosso relacionamento.

7 - Como vai seu índice de ciúme?
a - Sou do tipo que repara até na roupa que ele(a) vai usar para trabalhar.
b - Vira e mexe eu dou uma olhada para ver se encontro algo suspeito nos seus pertences.
c - Meu ciúme em relação a ele(a) é mais no sentido do que ele(a) possa ser ou conseguir.
d - Ciúme é uma palavra que não existe no nosso vocabulário. Somos bem resolvidos com isso.
e - Só tenho ciúme quando vejo aquele(a) amigo(a) invejoso(a) ciscando por perto.

8 - Se ele(a) liga no meio da tarde, é para:
a - Saber onde e com quem estou.
b - Não me lembro qual foi a última vez que ele(a) me ligou para saber de mim.
c - Ele(a) é muito ocupado(a), quase não dá tempo de ligar.
d - Não importa se falamos ao telefone ou não. O importante é estarmos bem um com o outro.
e - Ele(a) me liga no meio da tarde só para dizer "eu te amo".

RESULTADOS
Maioria de respostas "a": Relacionamento possessivo
Maioria de respostas "b": Relacionamento neurótico
Maioria de respostas "c": Relacionamento competitivo
Maioria de respostas "d": Relacionamento liberal ou aberto
Maioria de respostas "e": Relacionamento romântico