Das muitas revoluções que atravessamos, podemos dizer que a mais benéfica, salvo a mancha deixada por algumas militantes raivosas, foi a feminista. Para elas e para nós. Não existe mais espaço para machismo.
Graças à queima de sutiãs em 1968 e a muitas outras manifestações de empoderamento feminino, vivemos hoje uma geração de mulheres incríveis, que não cabem no estereótipo de sexo frágil pelo qual ainda são conhecidas em muitos rincões do mundo (e pelo qual, ok, muitas delas ainda se pautam).
Esteja certo disso: elas são fortes, muito fortes, e estão por aí, na caça de diversão e de uma vida bacana. Elas não ficam mais em casa quando tem futebol. Vão ao estádio, puxam o coro no gol. Levam os amigos para beber e os apresentam às amigas. Como você sabe, há muito elas assumem o volante do carro quando estamos breacos. São nossos brothers, mas têm bunda, peito e salto alto. Ou não, porque também usam tênis.
Algumas preferem o boteco à balada. Querem beijar outras mulheres, sair com nossos amigos. Lembram do aniversário do Marcão – ligam para ele quando nossa bateria acaba e estamos no clube jogando bola. Comparam os machos ao redor e os próprios machos.
Algumas estão felizes ao lado de um cara compreensivo, outras nem tanto. Umas querem casar, outras transar com desconhecidos. Reclamam do cara que não paga a conta ou do que paga. Elas levam no braço a educação dos filhos, as despesas da casa. Sacou?
Em boa parte do tempo, somos, agora, coadjuvantes de um blockbuster estrelado por elas. Ruim? Nada! Chegou a hora de aproveitar!
Elas não dependem de você!
Segundo estudo encomendado à Universidade de Essex (Reino Unido) pela Unilever, 64% das mulheres entrevistadas disseram não ter problemas em serem independentes, seja financeiramente, seja amorosamente. A porcentagem de homens que compartilham do mesmo sentimento é de apenas 48%.
Os caras justificaram o fato de estarem sozinhos com um “não tive escolhas”. Ou seja, se podemos generalizar, os homens estão sozinhos porque as mulheres querem estar sozinhas. Prova disso é a pesquisa conduzida pelo portal de relacionamentos RSVP (Austrália). Por lá, incríveis 80% das mulheres assumiram estarem felizes solteiras, contra 65% dos homens ao deus-dará.
A Ipsos Marplan, terceira maior empresa de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo, revelou alguns dados sobre as solteiras brasileiras: em comparação com as casadas, ocupam postos mais altos de trabalho (47% contra 34%), vão mais à praia (46% contra 42%), a shows (31% contra 22%) e leem mais (39% contra 35%). Aqui, elas estão com tudo!
“A mulher que alcançou êxito profissional e independência financeira não limita a busca por um parceiro essencialmente provedor. A mulher independente está à procura de um companheiro que pode, sim, ser mais jovem, da mesma idade ou mais maduro”, afirma Eliete Amélia de Medeiros, psicóloga com 16 anos de experiência em relacionamentos, diretora da agência Eclipse Love, especializada em encontros.
“Não tenho problemas em rachar a conta, pagar despesas ou custear o que for preciso desde que eu veja contrapartida da parte dele. Somos parceiros. Ele não é meu filho, sabe?”, comenta Juliana Paiva, 30 anos, diretora de empresa de turismo em São Paulo.
Aproveite a deixa
“A partir dos 35 anos é comum o homem querer uma mulher mais jovem para se relacionar. No entanto, os que ampliam suas possibilidades amorosas para mulheres cinco ou dez anos mais velhas percebem o quanto pode ser enriquecedor e gratificante”, sugere Amélia.
E não fique na cola dela: ter uma mulher independente ao seu lado é maravilhoso, mas lembre-se que da mesma forma que você gosta, ela também quer algo no mesmo nível.
“Sustentei meu ex-namorado – que era muito mais velho do que eu – por cinco anos. Ele não queria saber de trabalhar e eu bancava tudo: de jantares ao aluguel de casa. Parecia que ele estava se aproveitando. Nem eu nem o amor aguentamos”, diz Raíssa Nunes, 27 anos, publicitária do Rio de Janeiro.
Você vai ser um cara mais legal
Encaremos os fatos: tecnologia bombando, aplicativos como Tinder, Happn e outros que proporcionam o match entre os habitantes de Marte e Vênus… É, amigo, as possibilidades de relacionamentos estão cada vez maiores.
Se você tem uma companheira, não vacile. Pesquisa realizada pelo site de encontros ParPerfeito apontou que o que mais incomoda na vida de solteira de 60% das mulheres entrevistadas é o fato de não terem com quem dividir todos os momentos. Leia: elas não querem um cônjuge só pra dizer que têm um – elas querem um cara legal.
Além disso, 16% delas acham ruim não poder fazer planos a dois em longo prazo. Isso também pode rolar se você não der atenção aos desejos dela. “Esses resultados demonstram o quanto muitas mulheres sentem falta de ter alguém especial ao lado para dividir situações felizes”, comenta Rosana Braga, jornalista e psicóloga, autora de sete livros sobre relacionamentos, entre eles Faça o Amor Valer a Pena (Ed. Gente, 176 págs.).
“Faltam caras bacanas no mundo, que aceitem dividir a conta, que não encham o saco nem peguem no pé quando eu for para o bar com as meninas”, conta Raquel Franzini, 32 anos, advogada. Ela e amigas discutem no boteco os motivos das solteirices de cada uma. “Prefiro ficar sozinha do que ter um cara me infernizando todo dia, ligando o dia inteiro”, complementa Ana Luiza Martim, 29 anos, gerente de vendas.
Aproveite a deixa
Mulheres querem – acima de tudo – um cara que seja parceiro. Você não tem controle sobre ela, meu caro, aceite! “Apesar de homens e mulheres priorizarem mais as mesmas afinidades (hobbies e hábitos saudáveis), para elas a formação acadêmica é tão importante quanto religião. Já o tipo físico parece importar menos.
Vale lembrar que quando se fala em afinidades importa muito mais uma combinação de vários fatores do que uma ou outra afinidade isolada”, diz Jairo Bouer, psiquiatra graduado pela Universidade de São Paulo (USP).
Você vai sair da zona de conforto
“Nenhum homem é o p#&@ de ouro”, disse um amigo, certa vez, enquanto contava sobre a traição da ex-noiva depois de dez anos de relacionamento. Pois é, já passou da hora de constatarmos que elas estão libertas sexualmente e querem se satisfazer, acima de tudo. Então, é bom entrar em forma, parceiro.
Uma pesquisa conduzida pelo site alemão C-date, especializado em encontros casuais, descobriu que 47% das mulheres preferem sexo casual a assistir a uma partida de futebol. Bem, vamos combinar que elas estão certíssimas. Mas o dado é importante pra quem é meio vacilão sobre o desejo das mulheres.
Como você, elas adoram fazer sexo e, sim, também curtem a falta de compromisso. “Assim, elas não precisam se preocupar em agradar você ou outro cara, em ligar ou encontrar no dia seguinte. A regra é clara nesse jogo: sem compromisso, sem dores de cabeça”, diz Carla Cecarello, psicóloga especialista em sexualidade pelo Instituto H. Ellis (SP) e mestre em ciências da saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
E se você não comparecer e ficar assistindo a muito futebol por aí, sinto muito! A fila é extensa e ela vai passar para o próximo pretendente.
Aproveite a deixa
As mulheres querem satisfação sexual. Ponto. Sei, isso você já sabe. Mas olha essa: dados do estudo realizado pela Hibou, empresa especializada em pesquisa de mercado e monitoramento, feito com 2 mil mulheres entrevistadas na rua e por telefone em todo o Brasil, mostram que quatro de cada cinco mulheres estão dispostas a tentar algo diferente com o parceiro e de dizer na lata o que elas realmente desejam.
Isso inclui um roteiro sexual que faria 50 Tons de Cinza parecer fábula infantil! “Hoje a mulher sabe mostrar o que quer a seu parceiro, seja como dominadora ou submissa na cama. Isso ficou muito claro para nós durante a pesquisa”, afirma Ligia Mello, sócia da Hibou.
Além disso, 87% das mulheres entrevistadas assumiram também consumir produtos eróticos como livros, filmes e revistas, óleos, brinquedos e fantasias, o que deixa para trás a ideia de que o mercado de entretenimento sexual é terreno típico dos homens. Taí: bote a criatividade pra rolar e seja feliz.
Você vai refletir antes de pular a cerca
Sexo casual é bom para exercitar a criatividade – você já sabe disso e já leu isso aqui. E, claro, elas também curtem. “As mulheres passam a se conhecer mais, saber do que elas gostam”, diz Carla Cecarello. “Aprendem a lidar com as diferenças, pois estão abertas ao novo e percebem que não sabem tudo.”
Entendeu? Aquela rapidinha pra sair da rotina que você crê não afetar seu relacionamento pode também passar pela cabeça da parceira.
O estudo As Opiniões Globais sobre Moralidade – feito em 40 países pelo instituto americano Pew Research Center em parceria com o portal Ashley Madison, especializado em traições – ouviu cerca de mil mulheres de cada nacionalidade sobre o que elas achavam de relacionamentos extraconjugais.
Entre as que declararam uma imoralidade trair, as brasileiras se destacam: 84% das entrevistadas julgaram traição algo inaceitável. “O contraditório é que recentemente outra pesquisa que fizemos por aqui apontou que o Brasil tem mais de 2 milhões de traidores cadastrados no site”, ironiza Eduardo Borges, diretor do Ashley Madison no Brasil.
Não conseguimos o percentual feminino, mas segundo pesquisa de outro site de traição, o Second Love, 30% dos mais de 1 milhão de usuários brasileiros são mulheres. O país é o terceiro com mais moças cadastradas. Tá bom pra você?
Aproveite a deixa
“Não tem desculpa para trair. A gente trai porque quer, porque sente tesão. A diferença é que se o namorado ou marido é bacana, a gente se arrepende. Agora, se ele for bunda-mole, a consciência não pesa”, diz a vendedora Patricia Alencar, 33 anos, de Belo Horizonte.
Dica? Lembre do ditado: “Quem não come em casa, come na rua”. E faça sua parceira saber dele. Com jeitinho.
site- www.eclipselove.com.br
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