Mentira? Eliete Matielo especialista em comportamentos fala sobre mentiras

Dia da Mentira – 1º de abril Evitar uma discussão, omitir uma informação ou obter vantagens sobre os outros? O que o leva a mentir?

Que 1º de abril é o Dia da Mentira ninguém desconhece. Mas será que todo mundo sabe o que está por trás das mentiras que eles e elas contam no relacionamento? A psicóloga Eliete Matielo, especialista em psicossomática (doenças de fundo emocional), revela o que querem dizer as mentiras que homens e mulheres contam. E, ao final, ela fala também das mentiras que a garotada conta por aí! Vamos às perguntas: No relacionamento... Homens e mulheres mentem pelo mesmo motivo? Cada pessoa tem seu motivo particular para mentir. Nem sempre se pode aceitar a verdade sem algum tipo de julgamento. Em um casal, se todo relato passa a ser motivo de brigas, críticas, julgamentos ou punições é provável que a pessoa não conte mais tudo o que se passa com ela, ou que mude alguns fatos do que realmente aconteceu. Para cultivar a verdade entre o casal é importante ouvir e respeitar o parceiro. Dar espaço para a pessoa dizer o que pensa e relatar o que fez é um bom caminho para evitar a mentira. Quais as mentiras mais comuns deles e delas, e qual o significado real da cada mentira? "Juro que nunca te traí". Se o parceiro disser que traiu quando o outro perguntar, certamente causará uma discussão ou o rompimento da relação. “O problema não é com você, é comigo”. Com esta frase se evita falar a verdade e magoar o parceiro. A verdade por trás desta afirmação é "Não gosto mais de você e estou interessado por outra pessoa" ou "Nosso relacionamento chegou ao fim". "Vou trabalhar até mais tarde, não me espere para o jantar, amor". Se existe o respeito na individualidade de cada um no casal e a pertinência de entender que ele (ou ela) pode se reunir com amigos para um happy hour sem traição, normalmente se falaria a verdade. "Não há nada de errado, estou bem". O discurso é um e o comportamento diz outra coisa. Muitas vezes se diz isto para chamar atenção ou demonstrar que está chateado com algum comportamento do parceiro, mas há receio de dizer. “Estou chegando, fiquei preso no trânsito". Essa mentira é muito usada para justificar atrasos e acalmar o parceiro, para não ser julgado ou criticado. Como perceber que o parceiro está mentindo? Mentirosos podem olhar diretamente nos seus olhos, e quem conta a verdade pode ficar inquieto e parecer evasivo. Não há uma característica específica e exata para saber se uma pessoa está mentindo. É importante identificar desvios no padrão de comportamento da pessoa. Se a pessoa normalmente não mantém contato visual e pisca muito, mas encara você quando responde alguma pergunta em particular, este é seu sinal de perigo. Às vezes, pode não haver pistas visuais ou na linguagem corporal que acompanhem a mentira. Ouça a história e a argumentação da pessoa. As mentiras que a garotada conta...

A partir de que idade as crianças começam a mentir? É normal que as crianças de quatro a cinco anos mintam devido ao processo psicológico de fantasia. Divertem-se ouvindo e inventando histórias, confundindo a realidade com a fantasia. Elas compreendem a necessidade de mentir tanto mais cedo quanto mais inteligentes elas forem. Nos primeiros anos de vida elas não sabem distinguir fantasia da realidade. Quando descobrem como é possível enganar os outros, elas o fazem em proveito próprio, a fim de evitar castigos ou para receber alguma recompensa. O que leva uma criança a mentir? A criança pode mentir para se isentar de culpas, ter admiração dos outros ou para ter benefícios e, quando adolescente, pode mentir para ocultar problemas como uso de drogas, furto de objetos de casa para vender e obter dinheiro, etc. O lar, a escola e a sociedade são os locais em que a criança interage com verdades e mentiras e é onde é reforçado ou punido quando descoberto. Há chances de uma criança criar um mundo próprio baseado em suas mentiras? Sim, existe esta possibilidade quando ela mesma acredita em suas mentiras. Quando repetitivas, as mentiras podem se tornar um vício que deve ser levado a sério e tratado. Não só a criança como também os pais devem receber orientação profissional, para saberem lidar com a situação e ajudar o filho corretamente. Contato: Eliete Matielo Fone: 11 3382-1356 / 9910-0201 www.eclipselove.com.br

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