Sunday, April 01, 2012

Dia da Mentira- Especialista em relacionamentos e psicologa Eliete Matielo fala sobre as mentiras


Dia da Mentira – 1º de abril: O que há por trás das mentiras que ELES e ELAS contam


A Psicóloga, especialista em relacionamentos afetivos e diretora da agência de namoro Eclipse Love, Eliete Matielo, responde perguntas sobre a mentira no relacionamento e revela o que quer dizer as mentiras que os homens e as mulheres contam na relação.


Uma pesquisa recente, realizada pelo museu da ciência de Londres, afirma que mentir faz parte da natureza humana e que é importante para a interação social. Também se constatou que os homens mentem mais que as mulheres. Dra. Eliete concorda com a pesquisa.



1)    Homens e mulheres mentem pelo mesmo motivo?


A mentira normalmente é dita para evitar uma discussão, um julgamento e, consequentemente, ser punido pelo comportamento. Mente-se, também,  para obter vantagens sobre os outros.
Cada pessoa tem seu motivo particular para mentir ou não contar a verdade. Nem sempre se pode aceitar a verdade sem algum tipo de julgamento.
Em um casal, se todo relato passa a ser motivo de brigas, críticas, julgamentos ou punições é provável que a pessoa não conte mais tudo que se passa com ela, ou que  mude  alguns fatos  do que realmente aconteceu.
 Isso acontece em todos os tipos de relação, mas é principalmente, nas relações amorosas percebemos os efeitos da mentira.
Para cultivar a verdade entre o casal é importante ouvir e respeitar o parceiro. Dar espaço para as pessoas dizerem o que pensam, relatarem o que fizeram é um bom caminho para evitar a mentira.




2)    Quais as mentiras mais comuns deles e delas e qual o significado real da cada mentira?


"Juro que nunca te traí"
 Se o parceiro disser que traiu quando o outro perguntar, certamente causará uma discussão ou rompimento da relação.

“O problema não é com você, é comigo”
Com essa frase se evita falar a verdade e magoar o parceiro(a). A verdade por trás desta frase é "Não gosto mais de você e estou interessado por outra pessoa" ou "Nosso relacionamento chegou ao fim".


"Vou trabalhar até mais tarde não me espere para o jantar amor"
Se existe o respeito na individualidade de cada um no casal e a pertinência de entender que ele (ou ela) pode se reunir com amigos para um happy hour sem traição, normalmente se falaria a verdade.


"Não ha nada de errado, estou bem"
O discurso é um e o comportamento diz outra coisa. Muitas vezes se diz isso para chamar atenção ou demonstrar que está chateado com algum comportamento do parceiro, mas há receio em dizer.


“Estou chegando, fiquei preso no trânsito"
Essa mentira é muito usada para justificar atrasos e acalmar o parceiro (a), para não ser julgado ou criticado.




3)    Como perceber se o parceiro está mentindo?
Mentirosos podem olhar diretamente nos seus olhos, e quem conta a verdade pode ficar inquieto e parecer evasivo. Não há uma característica específica e exata para saber se uma pessoa está mentindo. É importante identificar desvios no padrão de comportamento da pessoa. Se a pessoa normalmente não mantém contato visual e pisca muito, mas encara você quando responde alguma pergunta em particular, esse é seu sinal de perigo.
Às vezes, pode não haver pistas visuais ou na linguagem corporal que acompanhem a mentira. Ouça a história e a argumentação da pessoa.



4)    Quando é positivo mentir na relação?
 Acho importante a relação não ser baseada nas mentiras, porém, acho válido usar da mentira, eventualmente e com critério, para não ferir os sentimentos do outro.
Ex: uma amiga está fazendo regime, e chega um dia para você e diz: - "Amiga, percebeu que emagreci?". Você  não notou que ela emagreceu  mas nesse caso a mentira pode reforçar a amiga a continuar seu regime.  Então você diz que ela está mais elegante!.




5)    Você quer que as pessoas digam a verdade?
Os psicólogos  procuram ter na relação com seus clientes um discurso não-punitivo. Isso significa ouvir e não julgar, ouvir e não criticar, ouvir e não punir. Tal contexto é que torna possível o relato do cliente/paciente sobre assuntos e temas que não seriam compartilhados nem com os bons amigos.

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